Agora o Blues com Z é 100% Blues Brasil.
Essa é nossa mais nova iniciativa para divulgar e incentivar o gênero no país.
De Norte a Sul do Brasil o Blues é praticado e estamos abrindo espaço para todo brasuca que queira expressar seu feeling Blues.
Continuamos com os bate-papos. Toda semana um nome ou uma banda nacional para nos contar como é fazer Blues por aqui.
"....O velho Blues não tem formato, nem receira, nem religião,a cor da pele não se mete nisso..."




Seja bem-vindo, o blues vai rolar! E como dizia o mestre Muddy Waters, "pedras que rolam não criam limo".


28 de fevereiro de 2008

MANIFESTO BLUES



Segunda, 03/03, estréia na equipe do Blues com Z, BOB TEQUILLA(foto), que vem nos ajudar a melhorar a qualidade de áudio do programa.
E não é só isso. BOB é mais um 'velho' blueseiro, apaixonado por Jimi Hendrix, escondido nos confins desse país, ou mais precisamente no subterrâneo dele que, graças a internet, começa a brotar que nem minhoca em solo fértil.
O Manifesto abaixo é seu cartão de visitas.
Seja bem-vindo BOB no Blues com Z!


Vamos nos juntar no blues pois ele é a nossa força, nossa mãe-terra. Aquele a quem devemos tudo. Dia nenhum da nossa vida podemos cuspir no blues. Ele é nossa frigideira mochileira, nossa prato de refeição. O blues é a mesma fome que atravessa o Mississipi e deságua no Amazonas, é a mesma mão machucada pelo corte de cana, ou aquela que segura no apoio de um ônibus cheio de manhã. É a mesma mão calejada que segura uma fender triturada em qualquer lugar do mundo! Somos nós mesmos jogados de um lado pro outro nessa aventura inglória chamada vida cuja única recompensa ao final de tudo é descansar em paz! Mas como perguntou o poeta blues: e se eu continuar cansado mesmo depois da morte? E se o blues continuar correndo nesse sangue azul negro nas minhas veias mesmo depois de morto? O dia que eu morrer vou continuar tocando blues. Podemos todos morrer menos matar o blues! O blues é um só! ninguém é melhor ou mais blues! Se vc aprendeu blues na escola, praticando 8 horas por dia... adeus! Johny B.Goode sentado na linda do trem pode te ensinar uma lição do velho Robert esperando na encruzilhada compreendeu tudo da vida a filosofia ocidental nunca vai conseguir saber. Blues livre ? É tocar a guitarra, a gaita, o baixo, a tábua de lavar roupa,a frigideira, aquela e pentatônica... BLUES LIVRE.

Atração 03/03/2008


A próxima edição do Blues com Z, 03/03, inédita, vai destacar o guitarrista do Paraná, DÉCIO CAETANO, uma das melhores revelações dos últimos anos do Blues feito no Brasil.
DÉCIO, estará batendo um papo informal conosco no programa e participará do Chat da Zero, em tempo real, com os Zeronautas.
Um pouco da trajetória desse novo talento você pode ler, abaixo, em nossa entrevista pontual.

Blues com Z -Sua formação musical.
Décio
-Comecei a brincar com o violão aos 12 anos de idade,mas só tive uma guitarra aos 19,e assim iniciei os meus estudos. Estudei harmonia e improvisação, com Marcus Rampazzo,e Aminadabe J. Santos.

Blues com Z -Goioerê/PR e o delta do Mississipi. Conte-nos sobre essa analogia.
Décio
– Goioerê, durante muito tempo, foi a capital do algodão no Brasil,eu vi muitas pessoas inclusive meus tios colhendo algodão,as pessoas simples cantando cantigas do nordeste,pessoas que amavam a vida,que amavam somente o que tinham,sua enxada,sua mulher,sua família,impressionante,mas elas amavam seu trabalho. Não morei em Goioerê por muito tempo,pois meus pais se mudaram de lá quando eu tinha 3 anos. Meu pai e natural de São Paulo,e trabalhava em uma multinacional,e ficou por um tempo em Goioerê, mas todos os finais de ano, durante uns 12 anos, ia visitar meus avós,e sempre via as mesmas imagens,caminhões lotados de pessoas indo trabalhar no campo, pessoas felizes com o que viviam ..difícil acreditar nisso,mas elas eram muito felizes por ganharem 6 cruzeiros por dia, meu pai não entendia muito, eu era um moleque, mas tenho essas lembranças da minha cidade natal. Não era Blues, nao era melancolia, mas havia muita música, e por incrível que pareça, os jovens e adolescentes, adoravam Led Zepellin, ACDC ,entre outras coisas,cada vinil comprado,era um tesouro,e existian muitas,mais muitas garotas belas,das quais já sai corrido por diversas vezes de lá,pois a galera era muito ciumenta c as meninas de lá....rssss, isso era a parte blues.
Blues com Z - Suas maiores influencias e seus Blues favoritos.

Décio - T-Bone Walker, Freddie King, BB King, Buddy Guy, Muddy Waters, Son House, Robert Johnsom, mas a principal, creio eu, é Albert Collins. Hoje escuto muita coisa, muito jazz e blues, e tenho minhas preferências atuais como: Litlle Charlie and Night Cats, Kid Ramos..... humm, são tantos que não saberia enumerá-los.... heehehehh

Blues com Z- A White Boots e Friends of Blues (3 discos).
Décio
- White Boots, foi a primeira banda em qual eu toquei . Era um misto de blues c rock and roll. Estavamos indo bem até que o baterista e vocalista decidiu se mudar para Chicago Daí simplesmente a banda se dissolveu, gravamos apenas um demo do qual todas as vezes que ouço fico muito contente, pois ali dava para perceber que todos nós tinhamos algo com a música,era muito musical,nada absurdo,mas musical e genuíno, friends of blues....foi a primeira banda de blues que toquei, com Mano no vocal e bass,e Carlinhos na bateria, desde a primeira vez que ouvi os caras pensei, pô, tenho de tocar c eles, eu não agüentava mais tocar rock and roll,queria só tocar blues...rssss...dai a nossa parceria começou em 1998, foi um casamento perfeito,fluía muito bem, os shows eram muito bons,tocamos em vários lugares do circuito do sul, era alucinante e fomos conquistando nosso lugar, mas como tudo que é bom sempre acaba...rsss , Mano (o vocal e bass)se mudou para Coimbra, Portugal, para terminar sua faculdade,e eu me vi tendo que trabalhar de alguma maneira,comecei a tocar com a Paula Veloso, grande cantora e interprete de mpb, e tocar musica brasileira,conheci umas figuras muito gente fina,como,Gilberto Gil, João Bosco, e todos sempre falavam de uma maneira muito respeitosa do Blues, mas não conseguia mais trilhar aquele caminho,todos os meus improvisos nas músicas eram de Blues...heeheheh, eu queria tocar blues,decidi,começar meu projeto,isso já tem 5 anos, comecei a cantar do nada, escutando os cds e estudando ouvindo BB King, Freddie King, foi quando passei por umas paradas bem pesadas em minha vida,e decidi ficar mais quieto. Comecei a freqüentar uma igreja Batista a orar todos os dias,e comecei a compor,músicas para DEUS, só que em blues, já tinha tocado com o Rev Womack Junior de Atlanta,e já tinha descoberto o blues gospel, e assim posso te dizer que gravei meu primeiro álbum de blues gospel, que todas as vezes que eu escuto,fico admirado com a minha coragem, porque ninguém entendeu, muita gente da igreja,achava que Blues era coisa do diabo e era uma coisa muito mais,muito doida,as vezes eu ia tocar em um congresso de igreja com muitas pessoas,e alguns gritavam glória a DEUSSSS,A E O RESTO DA MULTIDÃO EM SILENCIO,RSSSSSSS,MAS EU CANTAVA COM MUITA CONVICÇÃO, E MUITA DEVOÇÃO. Um ano depois quis gravar outro disco e lancei o álbum “The Blues In The Rivers Of God. Gravei todo em Delta Blues, tipo voz ,violão ,slide e o pé de marca tempo. Muita gente curtiu, muita gente mesmo,até os não cristãos...heeheheh, só que eu precisava trilhar o meu caminho,estava dando aulas para a banda da igreja já fazia mais ou menos 1 ano e não recebia um tostão e tinha muitas dificuldades com grana,pois a igreja ficava no fim do mundo e eu tocando na noite, então, estava me dedicando só a igreja e aos meus cachorros ,eu tinha um canil, trabalhava com vendas de filhotes, aí chega um dia, o padre da igreja me fala, que DEUS tinha atendido as suas orações e enviado alguém para trabalhar em definitivo com a igreja na área da música.Fiquei muito puto, pois, por causa do meu trabalho tinha conseguido ajudar musicalmente muita gente,e o melhor unir toda aquela galera,um mais doido que o outro...hauuhauah todos se achavam BB King cantando,e todos se achavam Johnny Winter tocando,era difícilllllll... heeheheheh,mas no final,eles viram que precisavam de uma orientação musical e fui bem vindo por eles,mas para diretores da igreja eu era um tipo de cara revolucionário demais...rss, mas, naquela noite de segunda feira,ele me disse assim: "hoje essa jovem aqui assumira o posto de líder da música,vamos pagar um sálario de x..."(quantia muito boa,de dinheiro)me senti envergonhado e perdido,e ele ainda me falou: “irmao Décio, espero que você não fique triste, é para nosso bem”...rsss. Naquele instante peguei minha vespa, sai a 100 p hora até um estúdio e no caminho eu disse: DEUS,DEUS ME AJUDE A CHEGAR AONDE EU QUERO CHEGAR,ME ILUMINE,ME AJUDE,EU PRECISO DO SENHOR),cheguei ao estúdio e fui falar com o Lobão (dono do estúdio), aí o cara me recebeu bem e eu disse a ele: bicho, não tenho um puto, mas preciso cuidar da minha vida,e fazer o que amo, sei que eu vou chegar a algum lugar, vc pode me gravar de graça?...heeheh Aí, ele me olhou e falou de cara: “beleza,vc tem uma semana para gravar.....yeahhhhhh, assim gravei o meu 3o disco “Come Back To My Arms e, como estava no interior e as coisas aqui são tudo independente, terminei de gravar,fui numa empresa que prensava cds, e pedi a eles me prensaram apenas 500 copias. Arrumei minhas malas termina meu noivado,vendi tudo o que tinha e disse tchau,e agora para onde eu vou??? Bom, pensei primeiro, Curitiba depois Sampa, e fui para Curitiba. Comecei a tocar blues no primeiro dia em que cheguei na cidade, todos foram bastante receptivos e calorosos comigo. As rádios tocavam minhas musicas e tocam até hoje. Programas de TV rolaram logo após e comecei a ter novas inspirações e gravei meu 4o álbum, o I Can’t Stop!, pela Lethal Level Records, que, graças a DEUS está sendo um sucesso no Brasil e fora do Brasil, e através da ajuda do meu bom DEUS,as portas vem se abrindo cada vez mais,e tenho feito muitos bons amigos pelo Brasil e pelo mundo.


Blues com Z- Fale sobre o Blues feito no Brasil.Como vc vê o cenário atual?
Décio
-Acredito que o Blues nacional esta ganhando força e corpo, temos artistas muito bons por aqui,como Flávio Guimarães, Nuno Mindelis, André Cristovam, Igor Prado, Celso Salim, Lancaster, Robson Fernands, Rodrigo Nézio que para mim foi uma grande revelaçao, Gustavo Andrade da Hot Spot,entre outros como Solon Fishbone,etc. Creio que o Blues no Brasil, a cada dia que passa está sendo feito com muito respeito aos grandes mestres,e com muita expressão e só vc ouvir discos desses colegas citados aí acima para ver que está se tornando gigante como nosso país. A estrada ainda e muito longa, mas os nossos talentos,estão a cada dia dando o melhor de si,e abrindo caminhos onde nunca foram antes conquistados.

Blues com Z - Suas participações nos Festivais de Blues pelo Brasil.
Décio
- Tive participação em vários festivais de Blues pelo Brasil e sempre vem sendo muito bom. O primeiro, fechei o Festival Banho de Blues de Curitiba; depois o Jazz Festival; No Jockers Blues Festival, fiz o encerramento. Participei também do Revival Blues Festival, Festival de Música de Curitiba, Ilha Comprida Blues Festival,e tem mais coisa para acontecer por aí, coisas muitos boas...eheheh. Olha,o público sempre é muito carinhoso com a gente e sempre saem shows espetaculares com muita vibração na galera , isso é que faz a nossa alegria.

Blues com Z- Suas composições e o que vc acha do blues autoral em português.
Décio
–Bom, minhas composições são feitas com base de algumas experiências das quais eu passei em minha vida como os amores perdidos etc, e sonhos dos quais eu tenho em minha vida. O Blues em português é uma coisa que não soa muito bem para mim, mas vejo pessoas que conseguem compor e se dar muito bem,como o Celso Blues Boy e o Zanata, mas eu tenho muito receio, pelo menos para eu gravar uma cancão. Tinha até feito um Blues em português para minha ex, mas agora nem sei se gravo.... de boa.........heeheheh

Blues com Z - Fale sobre sua experiência internacional.
Décio
– Pôxa, tocar na Argentina foi muito bom. Conhecer pessoas muito boas como Gabriel Gratzer, Mariano Cabereira, Pablo Torrente, Danny Wood Sipos, Vanessa Haberck, entre outras pessoas; a atmosfera dos shows foi maravilhosa, as pessoas amam o Blues por lá, mas do que nós os brasileiros. Ouvem com muita devoção e foi muito bom o tempo em que eu estive lá ,muito produtivo;os cds venderam rapidamente,o carinho do público era sensacional, agora em abril estarei de volta à Argentina com 3 shows em Buenos Aires,e logo farei também na Bolivia,e estamos agendando Chile.

Blues com Z -Fale sobre o I Can´t Stop e sobre os convidados que participaram do disco.
Décio
- I Can’t Stop! tem tudo a ver comigo, pois é o que sempre quis dizer à minha ex noiva e as pessoas da igreja que me diziam: “vc tem de parar de tocar” e eu dizia não posso!!! Minha ex noiva queria que eu fosse só dela e da igreja, eu não podia mais viver assim,e mesmo acontecia com os irmãos da igreja. Na real, sempre fui e serei muito feliz ao lado de DEUS , que sempre me abençoou, e bendito seja ele,mas não quero deixar meu trabalho ,e trocar meu grande amor pela música por causa de pessoas isso não,e esse disco foi simplesmente uma resposta que estava na garganta há tempos... ,eheheheh.... Os músicos foram da primeira formação da Décio Caetano Blues Band:
Graciliano Zamborin – bateria; Rodrigo Canales – bass; Marcos Aurélio – trumpet; Israel – sax; Raule Alves – trombone e Edu Mella - guitar base.
Com o tempo foram se alterando, a maioria deles tocavam em todas as bandas de Curitiba e ficava difícil de fechar uma agenda com eles. Hoje tenho meu trio que é tudo o que sempre quis ,somos uma família, irmãos tocamos juntos sempre, e sempre crescendo juntos. Os convidados deste cd sao pessoas das quais eu respeito muito como Andre Cristovam, que e a porta de entrada para Blues no Brasil. Ele me influenciou desde muito cedo,sempre ouvia suas canções quando adolescente e pensava: nosssssa como esse cara toca slide,e certo dia conheci essa grande pessoa que é o André e desenvolvemos uma boa amizade André foi quem me indicou ao Marcus Rampazzo para ser meu professor de guitar. Também me ensinou como “ouvir blues” e, claro, o convidei à participar de uma faixa do cd. Ele veio de pronto e foi muito generoso comigo. Salve André!!!! Outra pessoa que fiz uma baita amizade e convidei a participar do cd foi o pianista Adriano Grineberg, grande pessoa, grande músico, grande artista. Adriano é mais do que um genial músico, é um grande irmão, uma grande pessoa,que sempre está junto com a gente,tocamos muitas vezes juntos e sempre com aquela atmosfera vibrante. Sou grato por todos os que gravaram comigo,e me ajudaram a realizar esse projeto. Sou grato a DEUS por me dar forças e me agraciar a cada dia com um pouco mais de talento,sou grato a vcs ,por gostarem da minha musica,paz a todos!!!!

Blues com Z - Novos projetos e apresentações.
Décio
- Tenho o projeto do novo cd que está a caminho, provavelmente esse ano devo terminá-lo,e na seqüência quero organizar uma tour de lançamento do 5º cd. Tenho shows pelo Brasil esse ano: do RS ate Goiás,e espero tocar na sua cidade, caro leitor deste blog, seja aonde for.
Deixo aqui meu grande braço a vc Edu, para o Johnny e a todos os amigos do Blues com Z.
Muito Blues e muita paz!!!

26 de fevereiro de 2008

Próximas atrações - 03/03/2008

Na próxima segunda, 03/03, o Blues com Z vai fazer um giro pelo mundo e destacar algumas bandas de Blues-Rock bastante originais. Vamos conferir o sotaque do Blues feito na Suíça, Finlândia, Itália, Escócia, Singapura e Nepal. O universo underground hoje, com o advento da internet, não deixa pedra sobre pedra. E nós do Blues com Z navegamos na mesma direção, mostrar o universalização do Blues pra você.
BLUES BRASIL
O destaque nacional desta edição é o guitarrista de Curitiba, DÉCIO CAETANO (foto), uma das grandes revelações do Blues feito no Brasil nos últimos anos. Vamos bater um papo informal no programa e saber algumas histórias deste músico nascido em Goioerê-PR, além, é claro, de ouvir um pouco de seus Blues. Ainda nesta semana, vamos publicar aqui uma entrevista pontual com Décio e conhecer sua trajetória.

25 de fevereiro de 2008

Panelinhas e frigideiras


A "Frying Pan (frigideira) (foto-modelo original), foi a primeira guitarra elétrica inventada e jamais produzida em escala. O instrumento foi criado em 1931 por George Beauchamp, posteriormente, fabricado pela Rickenbacker Electro. A Frying Pan é assim chamada por causa de sua forma: ela tem uma superfície plana e corpo circular. A pioneira foi feita de alumínio fundido . Beauchamp e Adolph Rickenbacker começaram a vender o Frying Pan, em 1932; porém, Beauchamp não patenteou sua idéia até 1937, fato que permitiu outras empresas a produzirem novos modelos de guitarra elétrica durante o mesmo período (Wikipedia).
Em resumo: nos anos 20 a idéia de instrumentos de cordas elétricas já estava no ar por algum tempo. Com os problemas societários se acumulando na National, George Beauchamp começou a pesquisar ávidamente essa possibilidade trabalhando à noite na mesa de jantar de sua casa. Acabou desenvolvendo o primeiro captador para guitarras, o "Horse Shoe" (ferradura). Ele foi montado num protótipo de guitarra havaiana feito à mão na garagem de sua casa pelo artesão Harry Watson e esta foi a primeira guitarra elétrica construída no mundo. É conhecida por "Frying Pan" (frigideira) por motivos óbvios.
Todos nos sabemos que a guitarra é o instrumento vital ao Blues. E quem um dia não tocou uma guitarra imaginária? Foram os bluesmen que eletrificaram a guitarra e foi Jimi Hendrix que a reinventou.
Agora, você pode estar perguntando. O que tem haver panelinhas e frigideira? Simples! Carinhosamente a primeira guitarra elétrica, como vimos acima, foi chamada de frying pan ou frigideira. Já as panelas tem uma grande utilidade nas cozinhas, mas criar "panelinhas" com suas respectivas tampas, típico do mundo corporativo, ignorando o que está em volta, não é o melhor caminho para nós que militamos no Blues. Desejamos que todos os apaixonados pelo gênero se unam por esta causa e que apareçam para dar sua contribuição. Vamos fritar nosso peixe numa frigideira coletiva e não nas "panelinhas" pessoais.

23 de fevereiro de 2008

Atração - 25/02/2008


Uma das atrações do Blues com Z desta segunda (25/02) é o guitarrista paulista ANDRÉ OLIVEIRA, radicado atualmente em Boston/MS.
ANDRÉ declarou seu amor à música aos 12 anos, partindo para os EUA onde concluiu sua formação musical na Berklee College Of Music, com o título de bacharel em música em 1998. Durante seus estudos ganhou prêmios como Robert Johnson Award e Guitar Department Achievement Award ambos em Berklee, e participou da gravação de cds em Boston como guitarrista.
Voltando ao Brasil em 98 , passou a ministrar aulas e apresentar seu trabalho no interior de São Paulo e na capital, alguns desses trabalhos envolvendo composições próprias.
Em 2002 criou a ANDRÉ OLIVEIRA BLUES TRIO, resgatando clássicos do gênero junto com composições próprias. O grupo é formado por: André, guitarra e voz e os irmãos Pasti, José (bateria) e Pedro (baixo). O trio participou do Sesc´n´Blues 2006, realizado em Ribeirão Preto e Bauru, que contou com as presenças internacionais de Jimmy Red, Big Time Sarah, Bruce Ewan e Phil Guy, além de músicos brasileiros como André Chritovam, Fernando Noronha & Black Soul, Sun Walk & Dog Brothers, Blue Jeans, entre outros.
Atualmente divide seu trabalha como músico profissional nas noites de Nova York e Boston e mantém a parceria com os irmãos Pasti e o Blues Trio.
Em breve estará no Blues com Z para divulgar seus novos projetos.

22 de fevereiro de 2008

Março/2008 no Blues com Z















O Mês de Março no Blues com Z será reservado para o Blues Rock Underground de diversas partes do mundo. Vamos destacar o feeling Blues de blueseiros da Finlândia, Noruega, Espanha, Rússia, Bélgica...até do Nepal (que por sinal é muito bom!)
Vamos conversar com grandes talentos do Blues feito no Brasil como DÉCIO CAETANO (03/03), bandas nacionais como a goiana ABLUESADOS (10/03) e muito mais.
Uma vez por mês o Blues com Z fará edições especiais somente com o Blues Brasil, destacando novos e veteranos blueseiros brasileiros de todos os estilos.
Aguarde!
Breve os velhos mestres do Blues com obras raras e exclusivas.
O Blues com Z trabalha na divulgação do Blues e seus diversos estilos apresentando uma cultura própria e independente, UMA NOVA CULTURA BLUESY.
Seja bem-vindo!!!!!!!!!!!!!!!!!

21 de fevereiro de 2008

Próximas atrações - 25/02/2008















O Blues com Z
da próxima segunda (25/02), inédito, trará, entre novidades; raridades e assuntos ligados a cena bluesy nacional, mais um lançamento exclusivo. Desta vez, o cantor e multi instrumentista, ANDRÉ OLIVEIRA (foto), natural de Botucatu/SP, hoje radicado em Boston/Massachussets. Mais um talento que o Blues com Z tem a honra de apresentar por aqui.
Outro assunto que vamos destacar nesta edição, são os Festivais de Blues realizados no Brasil. Vamos bater um papo com o produtor ODA GOMES(foto - primeiro à dir., junto com vários músicos participantes), criador do Ilha Comprida Blues Festival, que este ano marcou sua 3a edição com enorme sucesso.
Sua participação no Chat da Zero é outra atração que muito nos alegra.
Participe!!!!!!!!!


Podcast da Zero Rádio

A Zero Rádio Web está disponibilizando um Podcast com edições do Blues com Z. É O PODCAST PLAY Z - BLUES COM Z (link ao lado), onde você pode ouvir, em qualquer hora do dia, no dia que quiser, as edições do programa.
A cada semana você terá uma edição na integra. Desde a última segunda está disponível o programa 18 (de 21 edições) com o complemento do Especial "raridades hendrixianas" que levou ao ar pérolas de Jimi Hendrix e muita informação sobre o Mestre da guitarra elétrica. Tivemos também, ilustrando esta edição, curiosidades sobre Hendrix com Bob Tequilla, especialista na vida e obra deste gênio.
Agora você pode escolher o melhor momento em seu tempo para ouvir o Blues com Z, um programa de Blues Underground bem diferente do que você está acostumado.

19 de fevereiro de 2008

BAIRRISMO=IGNORÂNCIA


Fazia tempo que não ouvia o termo "bairrismo" ser citado, apesar de vivermos ao lado dele, né.
Foi numa troca de idéias que um amigo disse: " o Blues com Z esta quebrando barreiras e bairrismos a cada edição". Foi aí que resolvi expor um pouco este assunto nefasto.
No Wikipedia (enciclopédia livre do Google) o conceito de bairrismo é explicado:

Bairrismo é a defesa exacerbada das alegadas virtudes de um bairro, ou, por analogia, da terra natal de alguém. O termo quase sempre possui uma conotação negativa, pois ao bairrismo está vinculada uma visão estreita de mundo que menospreza tudo aquilo que vem de fora.
No Brasil, o fenômeno é identificado desde meados do século XIX, envolvendo políticos que pretendiam se alçar a condição de estadistas, elevando-se acima dos meros interesses regionais.[1]
Em Portugal, Vasco Graça Moura já comparou o sentimento de bairrismo a um complexo de inferioridade.[2]

Pois bem.
O Blues hoje é um gênero músical reconhecidamente universal e que influenciou toda a base da música contemporânea.
A idéia corporativista de muitos (que já mataram o blues) vem de encontro com o termo que estamos falando. E mesmo dentro do segmento bluesy nos esbarramos com essas idéias, isto é: muitos bluseiros ortodoxos por aí não aceitam as fusões de ritmos e culturas diferentes no Blues e pregam idéias contrárias, aos Blues autorais em português, por exemplo.
Como é bem definido acima, o conceito de bairrismo nos remete a outro termo, ignorância.
Não teria sentido para nós enveredarmos na mesmice e divulgarmos apenas nossos mais chegados, tão somente nossas preferências. Sabemos que existem inúmeros músicos telentosos nos quatro cantos do país e outros tantos pelo mundo que não são conhecidos e muitas vezes ignorados, até mesmo em nosso meio. Nossa intenção é sim (como disse uma outra amiga) congregar todos aqueles que apreciam este gênero em todas os cantos possíveis e através do Blues com Z, e de outros programas de Blues, abrir caminho para mostrarem seu valor.
Bairrismo = Ignorância!

13 de fevereiro de 2008

Próximas atrações do Blues com Z - 18/02/2008



BEST OF Blues Brasil
Na próxima segunda, 18/02, o Blues com Z fará um "Best Of" do Blues feito no Brasil. Vamos destacar o trabalho sonoro de todos os convidados que participaram de nossos bate-papos nas 20 edições apresentadas. Talentos do Blues nacional que estão há muito tempo buscando espaço para mostrar seus trabalhos. E, alguns outros, que já possuem trabalho sólido na cena bluesy nacional que pouco são divulgados.
Confira todas as atrações:
01. RENATO ZANATA & BLUES TRIO (foto) - Guitarrista de Niterói e grupo que destaca o Blues autoral em português. Um dos artistas lançados no Blues com Z.
02. ROSANE CORRÊA (foto) - Cantora carioca multi talentosa, mostrando pela primeira vez sua voz num programa de rádio. Também lançada no Blues com Z.
03. TUBLUES - Power Trio de Lorena/SP com intenso trabalho, entre shows e produções, na divulgação do Blues Rock nacional.
04. RED BEAR & THE BLUES HUNTERS - Trabalho do produtor e multi instrumentista, Marcelo Voss, que mostra sua amálgama sonora de sons com bases no Blues.
05. HOT SPOT BLUES BAND (foto) - Grupo mineiro dos mais importantes e ativos do cenário nacional.
06. VASCO FAÉ - Gaitista paulista e "Homem Show" do Blues nacional.
07. ROBSON FERNANDES - Um dos mais vibrantes gaitistas do Blues Brasil.
08. FELIPE CAZAUX - Guitarrista cearence e novo talento do Blues Rock feito no Brasil.
09. DÉCIO CAETANO- Guitarrista paranaense com profundo 'feeling Blues'.
10. MAURÍCIO SAHADI - Guitarrista carioca pioneiro e um dos grandes talentos do Blues nacional.
11. FERNADO NORONHA & BLACK SOUL - Guitarrista gaucho e banda das mais importantes do país.
E mais: CRACKER BLUES (SAO),BANDANNA BLUES (RIO),OLD BLUES BAND (RIO) e BLACK COFFEE (SAO).
Além deste "Best Of", sua participação no Chat da Zero dá um colorido muito legal ao programa.
Participe!!!!!!!!!!!!

12 de fevereiro de 2008

Programas de Blues



Depois de 17 anos fazendo programas de Blues em rádios convencionais, ter criado o 1o programa específico de Blues da TV brasileira (Rota do Blues) - SECTV Canal 44 UHF, Mogi Mirim SP - e agora, na internet, na Zero Rádio Web www.zeroradio.com.br com o Blues com Z, achei interessante colocar em discussão este assunto: Onde estão os programas de Blues?
É sabido que a mídia convencional hoje em dia, em raríssimos casos, não abre espaço para a diversidade da cultural musical, principalmente as chamadas grandes redes que estão mais preocupadas com a quantidade do que qualidade - compra/usa/joga fora. É público e notório a existência do "jabá", onde quem paga, toca... e, o anunciante, claro, investe seu capital no gosto duvidoso e quantitativo, afinal seu produto vai ser ouvido por muito mais gente, não importando se tem qualidade ou não. A ditadura cultural e econômica é o que prevalece.
Encontramos exceções nas rádios educativas ou de instituições públicas que ainda prezam pela diversidade musical. Um bom exemplo é a USP FM, 97,3, São Paulo www.radio.usp.br.
A Internet é hoje o grande espaço democrático real existente, onde não só encontramos tudo que procuramos como também podemos criar e dizer aquilo que queremos, sem pedir licença. Você é livre para clicar!
Em relação aos programas de Blues, além do nosso Blues com Z, podemos encontrar diversos do gênero, uns mais novos outros mais antigos, cada um com seu formato e proposta, mas todos com um único objetivo: divulgar o Blues, gênero musical secular e universal.
Não conhecemos ainda todos os programas existentes ou aqueles que destacam o gênero (vamos sugerir alguns na seqüência), mas, os que conhecemos nos deixam extremamente felizes pelo simples fato de existirem e estarem empunhando a mesma bandeira que nós. Não podemos cair na armadilha capitalista da competição pura e simples, da vaidade exacerbada de alguns que se acham melhores que outros ou pensam que são os inventores da arte. Este não é o caráter do Blues. Precisamos sim nos fortalecer e criar uma "mídia blues livre" em benefício de TODOS: músicos, produtores, comunicadores, apreciadores, fãs e, conseqüentemente, mostrarmos para os investidores que a cultura bluesy existe e merece, não só sobreviver, mas ter condições de apresentar toda sua riqueza de valores.
E mais, ficamos na torcida para que surjam outros programas que falem sobre o Blues e que, todos juntos, possam abrir cada vez mais espaço para uma infinidade de talentos existentes no país, que muitas vezes acabam mudando de rumo em busca da sobrevivência.
Confira abaixo alguns programas de Blues na mídia convencional e na Internet feitos no Brasil.

Blues Na Veia - www.bluesnaveia.com
Blues Power - www.radio.usp.br
Tambor (não é um programa específico de Blues) www.radio.usp.br
Madrugada Blues - http://www.unisinosfm.com.br/
Barbearia de Blues - www.ufmg.br/online/radio

Se você conhece um bom programa de Blues, deixe o endereço no nosso Z Chat, aqui ao lado, será um grande prazer conhecê-los e apresentá-los a todos.
Deixe seu comentário e ajude-nos a manter viva a chama do Blues.

Por Edu Soliani

11 de fevereiro de 2008

Novos Projetos de Blues

O cenário do Blues nacional vem crescendo nos últimos anos no Brasil.

Depois do bum nos anos 90 com o surgimento de inúmeras bandas e talentos individuais de diversos estilos de Blues por todo país, capitaniadas, claro, pelos pioneiros da década anterior (1980), uma nova cultura bluesy vem se encorajando.

Estamos vendo muita gente se empenhando e criando alternativas para levar o Blues a mais pessoas ou no minimo, tentando manter viva a chama desse gênero musical.

Todos sabem as dificuldades de se tentar propagar cultura num país como o nosso, mas isso não é mais desculpa no mundo virtual em que vivemos.

A mídia tradicional, os velhos formadores de opinião, vem perdendo terreno para os alternativos com uma mídia segmentada que começa a cavar seu espaço e dar seu recado. Na Europa, por exemplo, os adeptos a Internet já ultrapassaram os que preferem assistir TV.

Sem precisar ir muito longe e falando de Blues, temos mais uma boa idéia acontecendo. É o "Projeto Cracker Blues Convida".(ver folder).

De acordo com Marceleza, um dos integrantes do grupo paulistano, o projeto idealizado pela banda tem o objetivo de aproximar os artistas de blues e rock além de levar ao público uma variedade e qualidade maior em um único show, o resultado disso tudo além da união maior entre os músicos, é a somatória do público de rock e o público de blues que posteriormente passam a conhecer melhor os dois estilos. O projeto também tenta resgatar o tempo em que as Jams eram mais freqüentes onde o público sempre ganha com a variedade e qualidade sonora que é apresentado, esse é o intuito,
"....pode ser besteira mas a quantidade de pessoas que vem prestigiando este projeto realmente esta me surpreendendo, eu imagino que o negócio esta funcionando e fico feliz também em ver que outras bandas estão adotando e realizando shows com participações de outros músicos, isso é muito bacana.", emenda Marceleza.

Este é o segundo ano do Projeto. Mais informações pelo site:

http://www.crackerblues.com


7 de fevereiro de 2008

Atração 11/02/2008


ENTREVISTA COM FELIPE CAZAUX


A próxima edição inédita do Blues com Z (11/02) vai destacar o guitarrista de Fortaleza CE, FELIPE CAZAUX. Com pouco mais de 20 anos, já possui a experiência de ter se apresentado em inúmeros festivais de Blues pelo Brasil e dividido palco com grandes músicos nacionais. Já tocou fora do país: "tive oportunidade de tocar em redutos como Buddy Guy Legends, Rosa's Louge e House of Blues. Toquei com James Wheeler algumas vezes e outros Bluesmen menos conhecidos como Linsey Alexander e músicos que acompanham caras como Lonnie Brooks e Billy Branch."
FELIPE é o nosso convidado para um bate-papo no programa e estará em tempo real no Chat da Zero Rádio para interagir com você.
Confira na seqüência uma entrevista pontual com o guitarrista cearense e conheça um pouco de sua trajétória.


Blues com Z -Sua formação musical.
Felipe - Comecei com aulas de canto em um coral infantil, aos 9 anos, onde fiquei até os 12, mais ou menos e decidi tocar violão, mas já querendo passar pra guitarra, tive muita influência naquela época de guitarristas como Slash (Guns n' Roses) e Tony Iomi (Black Sabbath). Aí tive aulas de guitarra a partir dos 12, 13 anos. Minha primeira banda foi aos 16, com o Klaus que toca comigo até hoje, mas na época era Thrash Metal, influenciado por Pantera e Sepultura, tocamos em muitos festivais undergrounds em Fortaleza e aos 18 anos um amigo me chamou pra tocar Blues, e aí montei o Double Blues. Entrei na Universidade de Música aos 19 anos, mas no momento estou parado, só estudando em casa.

Blues com Z -Suas maiores influência.
Felipe- Hoje em dia, as influências são diferentes de quando eu comecei. Gosto muito mesmo de Hendrix, Stevie Ray Vaughan também me influência muito, gosto bastante de Eric Clapton, pois foi o primeiro a me fazer gostar de Blues com o álbum "From the Cradle". B.B. King e Buddy Guy também são fantásticos assim como Albert Collins, e também tem grande responsabilidde na minha escolha de timbres de guitarra e técnica vocal. Atualmente também escuto muito Warren Haynes e Brian Setzer.

Blues com Z- Como vc conheceu o Blues?
Felipe
- Meu pai é grande fã de música e me lembro dele escutando caras como Eric Clapton, Rolling Stones, Led Zeppelin e Jimi Hendrix. Me lembro bem de quando peguei o "From The Cradle" que já citei, e o escutei na sala de casa enquanto estava sozinho, e quando ouvi a guitarra de hendrix na casa do meu tio, imitando uma metralhadora em "Machine Gun", foi fantástico.

Blues com Z- Fale sobre o Blues feito no Brasil.
Felipe
- Sou muito fã do Nuno Mindelis, não digo pelo fato de ele ter gravado com o Double Trouble, mas porque realmente gosto das composições e do trabaho feito em seus discos, o "Blues on the Outside" é um dos melhores álbuns que já escutei. Também gosto do Blues Etílicos, os músicos são muito bons, gosto do trabalho do Big Joe Manfra, o estilo dele me agrada muito, gosto do sopro do Jefferson Gonçalves, é muito versátil, adoro Robson Fernandes, tem uma pegada muito boa, gosto do vocal do Big Chico, o Igor Prado é muito bom no estilo que se propõe, que diga-se de passagem é bem difícil de tocar. Temos bons Baixistas como Fábio Mesquita (Blues Power / RJ), Rodrigo Montovani (SP) e Jonas (Hot Spot / MG), bons bateras também, como Beto Werther, também do Blues Power, Endrigo Bettega e Yuri Prado. Enfim, acho que o Blues Nacional está crescendo e o público está gostando do que vê. Ainda vão aparecer mais músicos, pois acredito que estamos em uma época de efervescência e reestruturação desse estilo.

Blues com Z - Fale sobre suas participações nos Festivais de Blues pelo Brasil.
Felipe - Participei de Festivais como o de Guaramiranga, nesse último carnaval, que teve um ótima repercussão de público e mídia. Já havia tocado no Festival em 2003 e 2005 com o Double Blues, também participei do Bagdá Blues Festival em São Luiz do Maranhão, em 2005, fiz também neste ano o BSB Blues Festival, Oi Blues By Night em 2006, fiz a abertura para Nuno Mindelis, e 2007 tocando com Jefferson Gonçalves, Robson Fernandes e Big Chico na mesma noite e abertura do show de Magic Slim, também em 2007 acompanhei Flávio Guimarães no projeto Fábrica do Blues, e participei do Minas Blues Jam, durante a tounê do "Help the Dog!". Além desses festivais de Blues, também fizemos muitos festivais de Música, como Festival Rock-Cordel (2008), Festival Vida & Arte (2003), Ceará Music (2003 a 2006), Ponto.CE (2007), Dragão Fashion (2003), Mostra de Música Petrúcio Maia (2006), Fête de la Musique (2005 / 2006), House of Blues (2007 / 2008), Fortaleza Motorcycle (2005), Ceará Blues Sessions (2002), Projeto Palco (2006), Feira da Música (2002) e Fórum de Harmônicas Brasil (2006). Já participei de muitas Jams e fiz shows com alguns dos maiores nomes do Blues como: Flávio Guimarães, Robson Fernandes, Jefferson Gonçalves, Kléber Dias, Blues Power, Blue Jeans, Big Joe Manfra, Big Gilson, Big Chico, Fernando Noronha, Johnny Rover, James Wheeler, Lindsey Alexander, Scott Henderson, Manifesto Blues, Edson Travassos, Vasco Faé, Andreas Kisser e Lancaster.

Blues com Z - Fale sobre sua experiência internacional.
Felipe
- Gastei um pouco (hehehehehe) de dinheiro, e fiquei 2 meses em Chicago, estudando e assistindo alguns dos melhores Bluesmen do mundo, tive oportunidade de tocar em redutos como Buddy Guy Legends, Rosa's Louge e House of Blues. Toquei com James Wheeler algumas vezes e outros Bluesmen menos conhecidos como Linsey Alexander e músicos que acompanham caras como Lonie Brooks e Billy Branch. Foi muito bom ouvir elogios e perceber que não sou tão bom ou tão ruim quanto imaginava, faz a pessoa cair numa real mesmo. Tem muitos caras bons que passam despercebidos e outros que não são tão bons, mas tem uma excelente relação com o público. Aprendi muito sobre performance, postura, bussiness e o principal, tocar.

Blues com Z - Fale sofre suas composições e o que vc acha do blues autoral em português.
Felipe
- Minhas composições não são essencialmente Blues, fui criado ouvindo muitos estilos de música, tenho um gosto especial pelo Blues, mas também gosto muito de Rock e Soul, então essa é basicamente a mistura do meu som. Músicas como "Must Be the Money", "Positive Feeling" e "Got Love" demonstram bem essa mistura. Não sou muito fã de Blues em Português, pois às vezes acho forçado o encaixe, da letra na melodia, sou a favor de fazer um som que tenha influências de Blues para se cantar em português, como o Celso Blues Boy fazia, não era puro Blues, mas estava lá. Gravei recentemente uma faixa em português num cd da De Blues em Quando (CE), mas eu gosto de compor em Inglês por causa dos fonemas, que são mais fáceis de se trabalhar, também acho mais fácil de me expressar numa forma que não seja brega.

Blues com Z - Depois da Double Blues Band ( 1 disco) veio a Dupla K. Fale sobre seus componentes.
Felipe
- O Double Blues teve início em 2002, gravamos duas demos, antes do primeiro álbum oficial, o "Looking for Trouble?!" (2004).
Os integrantes eram outros, contavamos com Wagner Andrade na gaita, Rodrigo Gondim na guitarra, Marcelo Holanda na bateria, Klaus Sena no baixo e eu na guitarra e voz. As músicas eram maiores e tinham muitas convenções, hoje eu inclusive acho exagerado, mas ainda tem gente que quer o cd e gosta muito. A banda mudou aos poucos, em 2005 o Rodrigo e o Marcelo saíram, aí tivemos Adriano Azevedo na bateria, e mudamos para quarteto e o nome para Felipe Cazaux & Double Blues, eu já estava cansado de gastar meu dinheiro com uma banda que podia se desfazer a qualquer momento, é uma sensação horrível. Depois de aguns meses, o Adriano já não conseguia conciliar seus outros trabalhos com o nosso, já que ele tocava com Belchior e outros cantores na época. Aí o Netto Krápula entrou e o Wagner saiu depois de mais uns meses. Pouco antes de gravar o cd, lemos uma matéria que está até hoje no Site da
Blues'n'Jazz, onde o nosso amigo Edson Travassos apelidou a cozinha de Dupla K (Klaus Sena e Netto Krápula), gostamos e já como trio adotamos o nome Felipe Cazaux & Dupla K.

Blues com Z - Fale sobre o "Help The Dog".
Felipe
- Diferente do álbum de estréia do Double Blues, fizemos este álbum sem pretensões. Estamos em uma fase de aprendizagem, simplesmente gosto de gravar minhas músicas, queremos amadurecer nosso som para podermos agradar o maior número de pessoas, fazemos a música pela paixão, e hoje não me prendo a somente um estilo, tenho músicas que vão das mais variadas influências, "Stand Up" por exemplo tem influência de Buddy Guy, em "Miss You" mais para John Mayer e Robert Cray, "No no no" é mais Clapton, algumas coisas mais jazzisticas como "Breakin' with You", mais grunge como "Go Away" e "Walking Under the Sun", mais Hendrix como "Must Be the Money" e "Positive Feeling", Blues Tradicional em "So Glad", regional nordestino com "Gonzaga's Blues" e SRV em "Got Love".

Blues com Z - Novos projetos e apresentações.
Felipe
- Este ano já tocamos no Festival de Jazz & Blues em Guaramiranga, que foi ótimo. Mas o nosso maior desafio será a mudança de cidade, estamos indo para São Paulo no mês de Fevereiro e esperamos conseguir divulgar mais nosso trabalho, temos também o plano de gravar outro cd no fim do ano. Estamos de braços abertos a Festivais e casas que se interessem em ebrir portas para nós. No dia 08 de Março estaremos no Syndikat JazzClub abrindo a jam Session do Festival de Harmonicas do Sesc e pra ficar ligado na nossa agenda é só acessar nosso Site e se cadastrar na nossa Newsletter. www.felipecazaux.com


5 de fevereiro de 2008

Próximas atrações - 11/02/2008


Na próxima segunda, 11/02, o Blues com Z terá como convidado para um bate-papo o guitarrista cearense FELIPE CAZAUX (foto), novo talento do Blues feito no Brasil. Foi o primeiro artista do Nordeste a tocar em um festival de Blues fora da região. Com pouco mais de cinco anos de carreira, já se apresentou nos lendários clubes de blues “Buddy Guy's Legends” e “Rosa's Lounge”, ambos em Chicago (EUA), onde tocou com alguns dos melhores “bluesmen” do mundo, incluindo nomes como James Wheeler (antigo guitarrista de Otis Rush). Com sua antiga banda - Double Blues Band lançou o álbum “Looking for Trouble?! (2005).
FELIPE CAZAUX aborda em suas novas composições os mais variados temas, trazendo em seu disco influências das raízes do Blues, do Rock clássico e do Groove brasileiro. Acompanhado pela “Dupla K” , formada por Klaus Sena (Baixo) e Netto Krápula (Bateria), lançou em 2007 seu 1º álbum, intitulado “Help the Dog!”, pelo selo carioca “Blues Time Records”, com distribuição pela “Tratore”, além de contar com participações de peso como Big Joe Manfra, Jefferson Gonçalves, Robson Fernandes, Edson Travassos, Márcio Resende e Hérlon Robson.
Próximo post uma entrevista pontual com FELIPE, que vai contar um pouco de sua trajetória.

Blues Rock

Além do Blues feito no Brasil, o cardápio do Blues com Z destaca o Blues Rock Underground do mundo inteiro, apresentando raridades e perólas deste gênero secular e super alinhado no século 21. Novos e velhos, brancos e negros, homens e mulheres. Todos transpirando emoções bluesy.


3 de fevereiro de 2008

Ressaca Blues

MULHERES GAITISTAS

Logo após o período de folias e festas, quando se costuma dizer que o trabalho e o ano começam de verdade, o SESC-Ipiranga traz uma programação pós-carnaval (Festival Ressaca Blues) que destaca a diversidade de um ritmo que simbolicamente sugere propostas de rupturas históricas e sonoras, pela liberdade de viver sem necessariamente ter o trabalho como ponto de partida. Ligado a uma origem histórica relacionada às plantações de algodão no sul dos Estados Unidos, onde os negros escravizados usavam o blues para embalar suas intermináveis e sofridas jornadas de trabalho, vigor, simplicidade poética e melancolia, se juntam para tratar de aspectos populares típicos como religião, amor, sexo, traição e trabalho. Com forte influência na música ocidental moderna e contemporânea, ainda hoje o blues encontra diversos adeptos no Brasil, traçando paralelos entre países com essa raiz histórica comum e alimentando rupturas e buscas pela liberdade entre pessoas de diversas etnicidades e origens.
Este ano as atrações do Festival Ressaca Blues são as:

“Mulheres Gaitistas”

Quinta (7) 20:00 - Sandra Vazquez (Argentina)
Sexta (8) 20:00 - Mariana Borssatto (foto) (Brasil)
Sábado (9) 18:30 Sarah Messias (Brasil) e as 19:00 Natasha Seara (Argentina) Todas serão acompanhadas por
Vasco Faé. E o repertório é Blues.SESC Ipiranga / Rua Bom Pastor, 822 / Ipiranga / São Paulo – SP / 11-3340-2000

Entrada Franca.

1 de fevereiro de 2008

Atração 04/02/2008 - Edição de Carnaval


ENTREVISTA COM PERCY WEISS

Nesta segunda, 04/02, o Blues com Z também comemora o Carnaval. E o que é o Carnaval senão a celebração da alegria, da fantasia e descontração através da dança e da música. Sim, da música, em toda sua expressão. Em cada lugar do planeta que esteja celebrando esta festa pagã, a música, em suas diferentes culturas (ver post sobre o Carnaval no mundo) é uma das principais atrações.
Como o Blues com Z é um programa de cultural musical, vamos fazer nosso Carnaval, também.
As atrações desta noite (+ pérolas hendrixianas e bate-papo com Percy) celebra essa grande festa com muito Blues e Rock. Mesmo andando na contra mão da cultura de massa, somos muitos e buscamos criar nossa própria identidade.

As Atrações

Para os apreciadores da arte de JIMI HENDRIX, vamos completar (2a parte) nossa homenagem ao guitarrista mostrando mais algumas de suas pérolas ( raridades de colecionadores), desta vez com a participação de várias lendas do Blues como: JONNHY WINTER, BUDDY GUY e outros. O conhecer da vida e obra de Hendrix, Bob Tequilla, traz mais algumas curiosidades do mito.
Em nosso bate-papo ao vivo (com sua participação em tempo real no Chat da Zero Rádio) nosso convidado é PERCY WEISS (foto), uma das maiores lendas vivas do rock nacional, com mais de 35 anos de história e um dos maiores cantores do estilo.
Estamos publicando, a baixo, uma entrevista pontual com PERCY e um pouco de sua trajetória.
Se o Carnaval é sinônimo de festa, seja bem-vindo ao Blues com Z.
Divirta-se!!!

Blues com Z –Quando começou a cantar?
Percy–Canto desde criança, mas profissionalmente, meu primeiro trabalho (1972) foi uma temporada na Domingueira do Esporte Clube Banespa em SP durante o ano todo.

Blues com Z –Suas maiores influências.
Percy
– Meu ¨vocalize¨foi criado à partir das vozes de Doug Ingle (Iron Butterfly), John Kay (Steppenwolf) e Ian Gilan (Deep Purple ) com¨pitadas¨ de Robert Plant.


Blues com Z- Os anos 70 são: o melhor momento filosófico do rock de todos os tempos?

Percy
- Com certeza! A partir da revolução cultural dos anos 60.


Blues com Z- Quais os grandes nomes do rock nacional?

Percy
- Som Nosso, O Terço, Made in Brazil, Patrulha, Casa das Máquinas, O Peso, A Chave, Bixo da Seda, nos anos 70. Nos anos 80 os grandes foram Barão Vermelho, Titãs, Paralamas, mas tem muitas outras bandas dignas de nota.

Blues com Z – Qual a importância do Blues em sua carreira?
Percy – Eu cantei muito Allman Brothers e outro blues no começo da minha carreira, tenho grande influencia do blues.

Blues com Z –Depois de uma breve interrupção na carreira você voltou aos palcos. Qual foi a maior motivação?
Percy – O prazer absoluto que eu tenho em cantar.

Blues com Z – Fale sobre a Percy’s Band e seus integrantes.
Percy – Hoje a Percysband conta com a guitarra do Vulcano, o baixo de Ricardo Costa e a bateria de Ronaldo Simon. O show é uma retrospectiva
da minha carreira e dos discos que gravei com o Made in Brazil, a Patrulha do Espaço Harppia e Quarto Crescente. O plano A, agora, é gravar o CD e o DVD com musicas inéditas.

Blues com Z – Fale suas composições e onde encontrá-las?.
Percy – Eu gosto muito de compor e em todos esses discos, meu lado autoral está presente, e no próximo tbém... tem muita coisa na internet para fazer downloads. No youtube tem Percysband no Moto Road em Campo Grande(MS),basta procurar ¨Olho Animal¨. Ah! Tem Harppia tbém...


Blues com Z – Seus novos projetos e apresentações.

Percy – Vamos começar o ano no Encontro de Motociclistas de Vinhedo, dia 10/2 ás 14 h. Este evento faz parte da Festa da Uva, que este ano terá tbém os shows de Marcelo Nova, 14 Bis, Paulo Ricardo, entre outros.
Segundo projeto é que estou sendo convidado por bandas para fazer participações com musicas de minha autoria ao longo de 35 anos dedicados ao rock nacional.
A entrada é gratuita, dá pra ir toda a família e tem de tudo, Vinhos comidas típicas, artesanato e etc.
Estão todos convidados
Agradeço a oportunidade grande abraço!!

Percy Weiss