Agora o Blues com Z é 100% Blues Brasil.
Essa é nossa mais nova iniciativa para divulgar e incentivar o gênero no país.
De Norte a Sul do Brasil o Blues é praticado e estamos abrindo espaço para todo brasuca que queira expressar seu feeling Blues.
Continuamos com os bate-papos. Toda semana um nome ou uma banda nacional para nos contar como é fazer Blues por aqui.
"....O velho Blues não tem formato, nem receira, nem religião,a cor da pele não se mete nisso..."




Seja bem-vindo, o blues vai rolar! E como dizia o mestre Muddy Waters, "pedras que rolam não criam limo".


18 de janeiro de 2008

Atrações 21/01/2008


ENTREVISTA COM BIG GILSON

Próxima edição do Blues com Z, segunda, 21/01, vamos bater um papo informal com slide guitar carioca BIG GILSON, considerado um dos maiores talentos do estilo.
“... Quando vejo um jovem tocando blues tão bem assim e tão longe da América, sinto que minha missão nesta vida está cumprida...” · B.B. King - 2000.
Além desta atração, o Blues com Z trará o que de mais atual está rolando no Blues Rock Underground.
Vocé poderá participar do programa interagindo conosco no Chat da Zero Rádio e podendo fazer perguntas para nosso convidado.
Abaixo publicamos uma entrevista pontual com Big Gilson e um pouco de sua trajetória.
Divista-se!!!

Blues com Z - Fale sobre sua formação musical e como apareceu Blues na sua vida?

Big Gilson
Sou autodidata, aprendi a tocar sozinho ouvindo os “long plays” da época e o Blues entrou na minha vida através de Johnny Winter, quem ouvi pela primeira vez e fiquei afim de tocar guitarra e por intermédio dele, tocando rock na época, conheci o Blues.

Blues com Z - Maiores influências.
Big Gilson
Ouvia muito Blues negro de Freddie King, uma grande influência, Albert Collins, BB King, Albert, todos os Kings, né, Lightnin’ Hopkins, Elmore James, Hond Dog Taylor, Buddy Guy e dos brancos modernos, Eric Clapton, o próprio Johnny Winter, Roy Buchanan. Stevie Ray Vaughan, Jimmie Vaughan, muito Blues inglês dos anos 60 como Savoy Brown, etc.

Blues com Z - Fale sobre a Big Allanbik.
Big Gilson
A Big Allanbik foi a banda que ajudei na fundar em 1992, tornando-se uma das maiores bandas de Blues brasileira e a primeira a fazer uma turnê fora do país. Tocamos nos EUA em 1995 no bar de Buddy Guy, o Legend’s, o Blue Note em Nova York, em Miami e foi muito importante para minha carreira profissional na música, até então tocava de forma amadora e foi em 92 que comecei a viver só da música e só tocando Blues.

Blues com Z - Qual estilo do Blues que mais faz sua cabeça?
Big Gilson
Gosto de todos os estilos de Blues, desde o Delta até o Blues Rock que se faz na Inglaterra. Do Blues do Sul, passando por Chicago, pelo Texas. Todos eles fazem minha cabeça, procuro tocar um pouco de cada um e não me limito a um só estilo de Blues. Ouço todos, adoro, toco. Todos as formas do Blues fazem parte do meu estilo de tocar.

Blues com Z – Fale sobre sua experiência internacional.
Big Gilson
Minha experiência internacional começou com a turnê em 95 com a Big Allanbik, depois fiz várias turnês pelos EUA, Europa. Gravei 4 cd’s nos EUA, dois com bandas americanas e dois com brasileiros. Na Europa tenho sido muito bem recebido. Ano passado fiz vários festivais na Inglaterra que me renderam o apoio da fábrica de amplificadores Marshall Amplification. Sou o único guitarrista sul americano de qualquer estilo, não só de Blues. Estou no site da Marshall ao lado de feras, ídolos como Angus Young, Billy Gibons, o próprio Jimi Hendrix, sendo os único atuais, Gary Moore e eu. A minha carreira internacional hoje está mais forte fora do que aqui no Brasil.

Blues com Z - Depois do reconhecimento internacional, as cobranças aumentaram?
Big Gilson
Com certeza, depois do reconhecimento internacional as cobranças aumentaram, isso porque, uma coisa é quando se é novidade, tá tudo novo, outra é a responsabilidade de agradar, encher os lugares, deixar de ser um franco atirador. A responsabilidade é muito grande e procuro dar tudo de mim, com honestidade e sentimento, fazendo o máximo possível.

Blues com Z - Fale sobre sua carreira solo e a banda Blues Dynamate.
Big Gilson
A carreira solo vai super bem, desde o fim da Big Allanbik vem numa crescente. A banda Blues Dynamite, com o tempo, sofreu várias alterações e atualmente a formação conta com o baterista Gil Eduardo, um dos fundadores da Blues Etílicos, onde gravou os cinco primeiros discos do grupo; no baixo, Pedro Leão, que já tocou com muita gente do por-rock nacional entre eles Fausto Fawcett; Gabriel, o Pensador; esteve na última turnê unplugged do Rappa e, nos teclados, no órgão hammond é Miguel Arcanjo, que tem feito o Baú do Raul, toca com Caetano Velloso, Zélia Duncan entre outros. Para mim é um privilégio ter esses caras tocando comigo.

Blues com Z - Como vc vê o Blues feito no Brasil?
Big Gilson –
O Blues no Brasil tem evoluído bastante, tem surgido novos valores e acho muito importante gente nova aparecendo para dar mais consistência ao mercado e deixá-lo maior e mais forte, coisa que faltava na época que comecei com Big Allanbik. Com bandas boas de bom nível fazendo Blues por aí, como hoje em dia isso está acontecendo , fico muito feliz de ver que tem muita gente trafegando pela estrada que tive o privilégio de ajudar a pavimentar.

Blues com Z -Temos hoje no país um crescente número de novos talentos que apreciam Blues. Qual o melhor caminho a ser seguido?
Big Gilson
– Na minha opinião, o melhor caminho a ser seguido é a persistência, mesmo. Obviamente tem que ter talento, saber o que está acontecendo e insistir, persistir. Se você acredita em você não desista, uma hora as coisas acontecem.

Blues com Z - Fale sobre seus novos projetos.
Big Gilson
Meu projeto atual é o novo álbum que comecei a gravar semana retrasada. Neste meio tempo tem algumas turnês pelo Brasil e em fevereiro vou pela primeira vez ao Canadá, passando pelos EUA. Voltando para o Brasil, uma semana depois, mais uma turnê pela Europa. Segundo semestre tem mais Europa e EUA.
O novo cd é meu grande projeto de momento e é bastante diferente do que vinha fazendo. Sempre procuro renovar para que o disco tenha uma cara nova com uma sonoridade própria e acho que vai surpreender muita gente, com certeza. Ainda não tem nome, um título, mas vai ser bem legal, vai representar bem meu momento atual.

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