O Blues com Z não poderia deixar de falar sobre "Black Snake Moan" EUA, 2006. 116 min. Direção: Craig Brewer. Estrelando:Samuel L. Jackson, Christina Ricci, Justin Timberlake, S. Epatha Merkerson, John Cothran Jr. De cara, o nome e o tema principal do filme, é uma homenagem do diretor a música do lendário bluesman cego Blind Lemon Jefferson e, em sua trilha sonora, músicas de R.L Burnside, Muddy Waters, Robert Pitway, Otha Turner e vários outros. E tem a participação na trilha dos músicos Charlie Musselwhite, Kenny Brown, Elvin Youngblood Hart, Big Jack Johnson e Cedric Burnside, neto de R.L. De quebra, o pioneiro, Son House, dá seu conceito sobre blues. Só a trilha já basta para agradar qualquer apaixonado por blues. O filme mostra com maestria a integração entre a música e os personagens. Mas, o drama também é uma paulada. Logo no início do filme, já percebemos que ambos os protagonistas têm características completamente diferentes, mas que buscam um objetivo parecido: Amar e ser amado. No entanto os caminhos para que esse objetivo seja alcançado são paradoxalmente gritantes. Rae (Christina Ricci) é uma ninfomaníaca que sofreu abusos na infância e passa as horas desfilando pela cidade com seus modelitos minúsculos em busca de novas vítimas. Lazarus (Samuel L. Jackson) é um guitarrista de uma banda de Blues aposentado e que abandonado pela mulher, busca na religião a resposta e amparo para sua solidão interior. Apesar de Rae estar envolvida em um relacionamento firme com seu violento namorado Ronnie (Justin Timberlake) em quem acredita estar apaixonada, logo que ele é convocado a servir na Guarda Nacional ela recai sobre a promiscuidade que lhe é peculiar. O primeiro da lista a tirar proveito de Rae é o melhor amigo de Ronnie, mas como na hora "H" ela estava "piradona", acaba sendo agredidada por ele e vai parar na porta da casa de Lazarus, iniciando uma relação pra lá de alternativa com ele tentando salvar a menina com a religião e o blues.Em Black Snake Moan , o dirtetor consegue reunir personagens extremamente danificados por uma sociedade parasita e por desilusões familiares, para criar um tipo de romance/drama bastante incomum. Tal qual “Ritmo de Um Sonho” (Hustle & Flow), primeiro longa de Craig Brewer, juntamente com Scott Bomer, responsável pela música do filme, retorna em seu segundo filme ao poder exorcizante da música, aqui com mais literalidade (não se engane: “Black Snake Moan” é um filme sobre exorcismo, ainda que com uma perspectiva muito peculiar do “sobrenatural”). Tenta equalizar a questão “racial” na trama, mas a dualidade homem negro/mulher branca é análoga à questão dos gêneros musicais distintos em rótulos, mas originados das mesmas raízes: blues e rock. Não estão apenas dialogando: estão se completando, são indispensáveis um para o outro. E ambos têm questões profundas a serem resolvidas. Isso pode até ser politicamente correto agora. Mas volta no tempo e passa o filme lá nos anos 20. É isso, não é um filme sobre blues e sim, um filme de blues e tudo aquilo que envolve a alma de um bluseiro. Imperdível!!!!!
Agora o Blues com Z é 100% Blues Brasil.
Essa é nossa mais nova iniciativa para divulgar e incentivar o gênero no país.
De Norte a Sul do Brasil o Blues é praticado e estamos abrindo espaço para todo brasuca que queira expressar seu feeling Blues.
Continuamos com os bate-papos. Toda semana um nome ou uma banda nacional para nos contar como é fazer Blues por aqui.
"....O velho Blues não tem formato, nem receira, nem religião,a cor da pele não se mete nisso..."
Seja bem-vindo, o blues vai rolar! E como dizia o mestre Muddy Waters, "pedras que rolam não criam limo".
Essa é nossa mais nova iniciativa para divulgar e incentivar o gênero no país.
De Norte a Sul do Brasil o Blues é praticado e estamos abrindo espaço para todo brasuca que queira expressar seu feeling Blues.
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Seja bem-vindo, o blues vai rolar! E como dizia o mestre Muddy Waters, "pedras que rolam não criam limo".
15 de outubro de 2007
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